Sossego

Não quero coisas nessa vida que me tragam responsabilidade que enrijecem.

Não quero amores dos quais me embebedarei por tantos desamores

Não quero saudade não quero vaidades, pois, minhas mãos se enegrecem.

Não quero nada daquilo que incomoda no meu leito, que me traga dores.

Os dias passaram e com eles todos os amores, hoje ruas sem cores.

Não quero a noite, pois, me trás a saudade que não sei como lidar.

Não quero o dia, pois tem a labuta não quero mais dissabores.

Não quero à tarde fria, pois me entristece, quero me alegrar.

Quero à tarde chuvosa lavando minha alma levada pela enxurrada.

Quero da noite a escuridão, pois, nela me perderei pelos becos.

Quero da amante o amor e o cio na madrugada.

Quero a loucura o desvario dos esquecidos

O gosto do beijo roubado no leito o amor saciado

Viver e morrer amando, mesmo que seja pelo avesso.

Amantino Silva 30/04/2012