NAS NOITES DE LUAR

soneto 
 
Acariciando teus cabelos prata
Sentindo em mim tua boca a calidez
Percebo algo em ti, sei não é bravata
E nessa troca já me tens sem timidez.
 
Já não mais vejo em ti a polidez...
Entre os lençóis tua tez tão alva e fina
Já se avulta entre os lençóis a solidez...
 
Em labirinto algo já procuras...
Qual um faminto lobo e voraz,
A lua já se esconde ouve palras.
 
Eu canto ledo a ti um acalanto
E tu nos montes já repousa assaz,
Já se erguendo em ânimo, cobranto.