IV
Cada vez que eu acordo mais um dia
E vejo-o fulgente ao amanhecer,
Menos entendo a vida tão sombria,
Menos me dou a ela a conhecer.
E quanto mais aprendo co´a agonia
Mais me afasto de conseguir ver
Aquilo que minh´alma, na ironia,
Procura toda a vida entender.
Sim, não entendo porque a injustiça
Reina no mundo mais que a equidade,
E vence sobre o íntegro a cobiça.
Este soneto dum leigo ao escrever,
Sem eloquência e uniformidade
Só pode um grito e um desabafo ser.
(YEHORAM)