"M E A C U L P A"

Gangrena-me esta dor de eu ter ferido

O teu meigo, indefeso coração.

Após, do teu afeto, eu ser banido,

Sobrevivo. Respiro mas é vão.

Eu sou um réu confesso; Fui bandido!

As lembranças dos nossos risos são

Açoites- merecida punição!

-Meu próprio capataz eu tenho sido.

Pequei. Estou pagando penitência.

De chumbo é minha cruz na consciência.

Mas sonho! -nos meus sonhos tu repensas,

Trazendo-me o sorriso do perdão

-Como o sol dissipando nuvens densas,

Invadindo uma praia de verão!