" TEMPO "
 
Sou flamejante, o limite do criado.
Mas eu não sou estado, sou sempre.
Sou aliado do calmo, um fardo do atrasado.
Mas eu prendo, determino, embora eu seja livre.
Mambembe aquele que em mim estiver amarrado.
O passado é o seu futuro, o seu destino torpe.
Pois se estiver em mim, estará condenado...

Sou fluido, um movimento constante.
Não sou palpável, não sou controlável.
Sou apenas um pulso, apenas instante.
Não obstante sou sempre, estável.
Sou inviolável, e do fim um brado retumbante.
Incessante rumar inegável... Abominável.
Inesgotável tic-tac, apavorante...




Escrito em forma de "Soneto Prates" - soneto de duas estrofes, com sete versos cada, criado por mim.
 
Elder Prates
Enviado por Elder Prates em 21/03/2013
Reeditado em 24/04/2014
Código do texto: T4200202
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