PARA NÓIA

Soam os alarmes da fraqueza,

Arrasta-se com as unhas a tolerância

Choram como se fossem crianças

Consciência e alma de tristeza.

Ao tentar esquecer o meu desejo

Lembro-me que ele ainda existe

Oh meu Deus como isso é triste

Se enfeitiçar e ficar preso

Preso ao que a mim parece lícito

Mas ao outro é pedra de tropeço

Tornando-se então grande delito.

Lutando enquanto há força em meu peito

Prossigo me frustrando e me ferindo

Tentando não achar em mim defeito.

Alexandre Fernandes
Enviado por Alexandre Fernandes em 21/03/2007
Reeditado em 05/04/2007
Código do texto: T420755