“Sem arrependimento...”

Não subestimo este sentir que amofina

Que sutilmente deturpa o que se cala.

Conheço o ciclo que a vida determina

E esta agonizante ausência de fala...

Em meus devaneios, envolvida e imersa

Por amor a mim, por cuidado, ou zelo.

E por saber-me delicada e complexa

Talvez devesse me isentar de fazê-lo...

Mas a promessa implícita no olhar febril

Deixava claro que o acaso não impediria.

Palavras mornas, gesto coesivo, gentil

A entrega fincou rédeas, nos versos da poesia...

Da saudade, das horas infindas, da agonia, sei

Mas tenho consciência, das marcas que deixei...

Glória Salles

-Registro na Biblioteca Nacional

-Ministério da Cultura

-E.D.A. —

Glória Salless
Enviado por Glória Salless em 01/04/2013
Código do texto: T4218749
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