AMOR OCULTO
AMOR OCULTO
Tenho no peito um amor oculto,
Que me queima a alma em chamas ardentes,
Linda mulher da qual só vejo o vulto,
Mas sinto a chama de seus lábios quentes.
Triste destino este que eu trago,
Não posso dizer nem sequer o nome
Daquela que sinto em sonhos o afago
Das mãos suaves e que me consome,
Pouco a pouco todos os meus desejos.
E pouco a pouco vou ficando louco,
Num soluço triste e num grito rouco.
Será que um dia ouvirei os arpejos,
Da lira do amor desta mulher amada,
Simplesmente morro sem dizer mais nada.
INTERAÇÃO DO POETA Irineu Gomes (obrigado)
Já deixou de ser oculto
No soneto a revelar
Agora não só o volto
Muito mais já pode olhar.