VIS SEGREDOS.
VIS SEGREDOS
Entupi as coisas ocultas dentre as nossas revelações
Zombei com orgulho e felicidade o óbito de paixões
Sou mendigo açoitado pelos meus cruéis pensamentos
Um democrata subversivo empanado de sofrimentos
Quero dar-te um feliz natal!... Aos dois de novembro...
Sou o poço dos segredos, e submisso do não me lembro
Não me contem mais nada! Prefiro ouvir a mudez da língua
A arrastar-me nas covardes bocas dos que vivem à míngua
Libertar um mundo sem som,... E escrever minhas lagrimas.
Sorrio para não ficar à mercê de uma dignidade de tristezas
Para não transcender à dor e não transmitir-te tantas brutezas
O que sei, dorme na alcova, de luto, dos meus neurônios
E levá-las-ei nas cãibras do escrúpulo, na ira de áreas neurais
Volverei à poeira estelar! Para purificar novas desgraças viscerais.
CHICO DE ARRUDA.