Para cantar-te os olhos sonhadores...

Para cantar-te os olhos sonhadores,

Olhos que eu amo, ponho-me submerso

Sob as ondas translúcidas do verso,

Livre do pejo e das mais fundas Dores.

Para cantar-te a graça e o dom das flores,

Muitas vezes percorro o céu, disperso,

Pelos jardins sidéreos do Universo,

Pandas as asas, como as dos condores...

Mas muitas vezes julgo que não posso

Desta ausência vingar-me por porfia,

E detenho-me em terra, feito um monge.

É tudo em vão, poeta, os teus esforços!

Somente o Amor concede esta magia;

De estar tão perto, mesmo estando longe.

Quintiniano
Enviado por Quintiniano em 29/05/2013
Código do texto: T4315622
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