Vagas Flutuantes

Caminho solitário, envolto em treva

Meus olhos espalhando-se, soturnos,

Vigiando teus olhares: cores, névoa

De olhares gris, fatídicos, noturnos...

Em lágrimas diluo, leva após leva

De sangue maculando os céus escuros,

O desespero acerbo que se eleva

Da cama à solidão dos altos muros

Onde as estrelas tenho encarceradas

Vagas flutuando em torno do reflexo

Do rosto teu que a falta me apresenta

Rosto moldado d'anjos e de fadas,

Promessa de um amor rude e sem nexo

Que à vida me devolve em morte lenta...

Gabriel Castela
Enviado por Gabriel Castela em 22/06/2013
Reeditado em 23/06/2013
Código do texto: T4353965
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