Soneto II

- Para Guilherme H. Barros (Em memória)

A noite caiu como um negro véu

Salpicando estrelas na escuridão

Um anjo transformou o quarto em céu

Anjo que chegou sem explicação

Sorriu e tirou-me de um sonho cruel

Olhou-me sereno com tanta atenção

Dizendo-me ser aquele amigo fiel

Meu protetor e eterno guardião

Sussurrou canções para chamar o sono

Prometeu-me tirar de todo o abandono

Mas teve que partir quando amanheceu

E foi-se tão rápido como o outono

Espero que saibas que ainda é o dono

De um coração que não lhe esqueceu.

Ana Luísa Ricardo_1
Enviado por Ana Luísa Ricardo_1 em 26/06/2013
Reeditado em 26/06/2013
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