Soneto Crepuscular.

Vestido, ao vento esvoaçando;

alma, há muito reage viajante;

e tu, doce dono do meu peito,

sempre me escapas doce e errante.

Pés descalços, a areia tocando;

os cabelos pelo tempo em desalinho;

e tu, meu amor desvairado e torto,

corres pelo meu ser, tão sozinho.

Queria prender-te a mim, sem saber

onde colocar a tua gentil pessoa,

e termino por enfim compreender.

No crepúsculo que vejo, vais estar.

No fim e começo, liberto estarás,

mas sendo presa constante do meu olhar.

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 04/07/2013
Reeditado em 04/07/2013
Código do texto: T4372517
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