Desfolhando
Luz Matinal, ainda é noite. Desperta!
Inebriantes raios vêm rasgar meu breu
Queres Outono em meu Verão ateu?!
Vou desfolhar a pobre d’alma aberta
Dizer-me agora, desenterrar meu eu...
Ao coração envio súplica certa.
Mas adianto: A alma anda deserta.
Pois sou vadio, na busca do amor teu.
Vá desfolhando em meu calor vivido
E na folha solta tente me entender
Sou este hoje, mas amanhã? Duvido!
Outras folhas caem sem o amor saber.
Dá-me à noite! Deixa adormecido
Este súdito que sonha ao te viver