ÁGUAS QUE CORREM TUAS MARGENS
 
Sou rio a correr em teu ser
Adentro teu íntimo e poros
Em silêncio quero te suster
Ser barragem no deter o prazer.
 
Em você sou um rio cristalino,
Fazer-te transbordar em desejo
Transparente qual hirto rocha menino,
Com você percorro aos lugarejos...
 
Nessas águas te contorno sem, pejo
Sou levada em teus braços ao mar,
Desaguamos nessas quedas do desejo.
 
Volvemos-nos em nossa abundância...
Águas doces agora de sabor salgada,
Tu me inundas e me espraia na areia.