Deitados no Chão

Deitado no chão sujo de humanidade

Mirando as poucas estrelas que brilham no céu

Perguntando-se se neles haveriam piedade

A perdoar quem tristemente ofusca o céu

Deitado no chão sujo, tão sujo...

Tão sujo quanto a alma que os profanaram

Transformaram-no em mais um despojo

E depois, simplesmente o abandonaram

Ainda assim, nesse mesmo chão sujo está deitado

Aquilo que somente as almas mais impuras abandonam

É apenas um pequeno garoto, esse coitado

Que deitado na podridão ainda sonham

E mesmo assim, prossegue deitado ao sujo chão

Com o lixo da vida consumindo no escuro a imensidão

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 18/08/2013
Código do texto: T4439858
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