Vasos Dilacerados
Vasos Dilacerados
Nosso filme na tela passou
Sinto a fibra enrijecer
Na vontade infinita de morrer
Aquela saudade voltou
Estações novas virão
Jamais estive tão distante
Tão simples tão relutante
Em te aceitar como todo dia aceito o pão
Nas árvores encontro morada
Tardia, murcha, como flor pescada
Pescador foi malvado na base da pancada
O escuro crepúsculo quebrado
Por isso tenho medo da noite desequilibrada
Uma mulher me amou, hoje os vasos estão dilacerados