ESPECTRO NA PAREDE

Oh! antigo chapéu de feltro escuro
Há tanto na parede pendurado
Guardas em ti o pó do tempo
Ou o pó do tempo o tem guardado?
 
Quantos pensamentos e aflições jaziam
Na cabeça que cobrias pensativa e aturdida
Por em vão, tentar esconde-las, encobri-las
Carregas agora em ti, as nódoas desta vida
 
Nem sabes que és importante pra mim,
Uma relíquia, um amor quieto, sem alarde
Que a força do tempo jamais subtrai
 
Pois em ti me acho preso, encarcerado
Por ser tu um pedaço do meu passado
Oh, velho chapéu do meu pai!
 

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 03/09/2013
Reeditado em 19/02/2024
Código do texto: T4464636
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