::: SONETO I - CIRCO EM CINZAS... :::

Ved'este pó cobrindo-nos a face

de malfazeja máscara de dor,

de modo qu'a morte nos ultrapasse

não sendo mais memória do terror?

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É torpe réstia dos rastros humanos,

cantil de secas águas d'esperanças.

Este pó, qu'em taças, hoje brindamos

é da desumanização possança.

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É pó putrefato do desemprego,

veste na juventude desapego

e rouba da noss'alma o coração.

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É política e homem sem sentido,

É povo na mão de velho partido...

São cinzas que cremaram a nação.

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*Soneto Decassílabo.

Revisão de Mei Hua Soares.

Ygor Pierry
Enviado por Ygor Pierry em 06/09/2013
Código do texto: T4469873
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