SONETILHO

Homem! Escreve seu verso

Na proporção do silêncio.

E escolhe da solidão

A hora exata do nascer

E deixa rima dispersa

No sossego da paciência.

(Teima em ser do coração

O que no seu poema arder).

Não deixa entrar o banal

Na casa da sua Fé

E observa se há sol no escuro.

E, então, pode ir ao final.

O que não coube no Céu

Já não mais se configura.