ETERNO BEIJO

Busto de bronze não desejo, confesso,

pois que tão pueril, ínfimo, sem graça.

Contudo na simplicidade eu peço:

antes que me vá, me beija e abraça

O bronze é frio, imóvel, logo esquecido,

contudo o ósculo puro permanece

pois que algo pelo coração querido

enquanto o minério cedo esvanece

Não há lembrança melhor do que carinho

que a alma leva para a eternidade,

tendo-o, para lá não se vai sozinho

Porque esse amor nela impregnado

em sendo perene tem capacidade

de tornar quem vai ainda mais amado

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 29/09/2013
Código do texto: T4504133
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