MINHA ESTRELA.

Oh visão majestosa que me trisca,

divisa do concreto com o abstrato,

no céu é pendurada, é como isca

ao intelecto que brilha estupefato.

Noturno diamante que faísca,

tua forma fadada no estrelato

enleva esse meu sonho que se arrisca

cegamente a fazer contigo um trato.

Ajude-me a parar essa ampulheta,

e peça a nosso Deus algum indulto

pro tempo retornar como um cometa.

Caminha a existência pro tumulto,

e a vida cada dia está mais preta,

quero voltar, detesto ser adulto.