Outra Visão:

não vejo  mais c'os olhos de outrora
não vejo mais a luz da primavera
não vejo mais que minha alma credora 
não vejo mais nada além da espera!

não tenho mais o olhar matutino
não tenho mais o olhar vespertino
não tenho mais o olhar menino
não tenho mais o olhar setembrino!

uso agora, lentes de grau espessas
de cristal líquido, compactadas 
claustrófobicas imagens,  envelhecidas!

raios multifocais, e cores baças
dum viver insólito, sem os teus agrados
ao enxergar senil, tantas amarguras!

Elzana Mattos

 


 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 03/10/2013
Reeditado em 02/07/2018
Código do texto: T4509092
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