Colha-me, despetalando-me em brasas...
Queima-me até perder-se em brancas cinzas,
Sorva-me no puro mel em elixires do coração,
Tira-me de vez desta insana solidão!...
Reveste-me de luas e leves brisas...
Ao apagar as chamas da desilusão,
Que, mata-me aos poucos sob tensão,
Neste mar de infortúnios sob lanças!
Que fere, corta, e estilhaça...
Meu coração, em mil pedaços,
Tatuando dores, fel e mordaças!
Porém, se estás me ouvindo com rechaça:
Triste estarei, singrando mares de ressaca
Ao desistir do teu amor - que me devassa!