VÃO-SE OS ANEIS E FICAM OS DEDOS
 
Bem no ancoradouro um batelão
O dia se despedindo entre cores
Num ranchinho canções de mil amores
Dedilhadas pelo cantador do sertão
 
O mutum gemendo estrelas pedindo
E a lua por dó vem em alva silhueta
De prata o rio levemente salpicando
Esqueço a dor , sem tempo, sem ampulheta
 
Pego a zinga e vou pro batelão
Mas não, melhor deixar o barco sem direção
Deixar o vento  meus cabelos embaraçar
Sentir perfume sob um teto feito de luar
 
Esquecer  que perdi um anel numa tarde
Não mais o encontrei...não fiz alarde
Era uma jóia de valor  inquestionável
 
Mas diante de uma noite enluarada
Olho minha mão...meus dedos
Este sim é um tesouro insofismáve


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Stéla Lúcia
Enviado por Stéla Lúcia em 29/10/2013
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