E na noite azul a Lua se esconde
Sob nuvens na calçada encharcada.
Sopra o vento frio aqui e por onde
Passa a alma da alma desalmada

Chuto vadias latas, a vida responde:
- Vou-me embora! Só tens a sua amada?
- Veja os mares em meus olhos, sonde!
Replica em silêncio, a alma calada.

Acolheu-me a madrugada parceira,
Entorpecendo a noite de veneta.
E foi se desfazendo a "companheira"...

Findou-se o desespero na sarjeta.
Ó Deus! Que manhã alvissareira!
Reescreva minha vida com Sua letra.