SONETO DE PROTESTO

As cãs que camuflo, que escondo,

tragam para mim o meu bom siso,

a calma, a sensatez de que preciso,

diante deste mundo hediondo!

De esperar imoto o sol se pondo,

vejo no horizonte o incircunciso

galgando o chão sagrado que eu piso,

com um olhar agudo e redondo.

Não vejo neste mundo a conquista

do bem, em toda esta minha vida,

de meio século que já tenho em vista.

Porque se não mudar estará perdida,

a mãe gentil de fala idealista,

sucumbirá sem uma despedida.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/11/2013
Reeditado em 08/11/2013
Código do texto: T4561311
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