No mar recende a flor em maresia,
E calmas ondas me fazem marear.
Arde na saudade toda zombaria
Embrulha-me a dor de te esperar.

Sopre Éolo! Dê-me a ventania!
Que tanto preciso pra poder chegar
Às retinas de meu sonho noite e dia,
Que sustentam minha vida, meu sonhar.

O peito traz a dor em relicário
Na lua cheia que brilha reluzente.
Esmaga-me a saudade, meu erário.

Conduz a caravela calmamente...
Sou do tombadilho locatário
Implorando a alma que agüente.