Soneto II

Fome! Ânsia que a todos aflige

Pois, em todos estômagos remexe

Nada tão ruim que nos avexe

Porém, paciência nos exige.

Amor! Há sempre alguma loucura no amor!

Razão não lhe faltam pra isso

Basta o ciúme acontecer; pra acabar o feitiço

E deixar a cabeça do parceiro, aquele torpor.

Ambos, ao homem lhes caem bem

As pessoas gozam demais; é um trem...!

Porém, muitas vezes, são muitos os atropelos.

Representam o ardor das vísceras

Animando o ser humano

No seu viver tão desumano.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 03/12/2013
Reeditado em 03/12/2013
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