QUANDO ME CHAMAS
 

 
Teu nome soa doce em minha boca
como se fora o mel que se derrama
E quando pelo meu nome tu chamas,
eu fico mais ou menos meio louca.
 
Meu nome em tua boca se inflama
quando de mim tu tens necessidade
é como se expelisses a saudade
por alguém que te adora e te ama.
 
Teu nome é para mim a melodia
que o maestro em suas noites frias
compõe, pensando na doce amada...
 
E meu nome pra ti é fantasia
de tuas noites que, em agonia,
te lembras dessa paixão já findada!
 
 
(Milla Pereira)




 
Interação ao belíssimo soneto “Teu Nome”
do poeta e amigo
Nelson de Medeiros





ÓTIMA QUINTA-FEIRA A TODOS!


 
 



AMIGOS SÃO SEMPRE BEM VINDOS!
 
 
26/12/2013 12:25 - HLuna
 
 
É SONHO
 
Louca fico se escuto o meu nome,
é algo que me invade, me consome,
é fogueira que se acende a queimar.
 
Tua boca, tentadora, me incendeia,
então grito, tensa, sob a lua cheia,
que depressa, curiosa, vem olhar.
 
Melodias, versos mágicos eu componho.
 
E nem sei se é real, ou só um sonho.
 
***Abrçs.***


 
 
*** OBRIGADA, HELENA!***
Encantada com a beleza deste Indriso
Com que presenteaste esta página.
Abraços, Milla




 
 
26/12/2013 13:05 - Fernando A Freire
 
QUANDO ME CHAMAS EU TE RESPONDO
COM UM ENTRECORTADO VEM ! . .
 
Ela dorme.
Com certeza, sonha!
Imaginou ser essa a vez de melhor abraçar
sua feminil nudez...
Não! Não seria assim estúpido! ? pensou...
Nunca se abraça sem o consentimento
de quem se enlaça.
 
Queda-se, educadamente distanciado,
admirando-a, no quarto,
sob a luz morna saída da toalete,
comprimida na fresta da porta.
Inda pôde ver suas pernas descobertas,
Pés límpidos, desnudos; unhas delicadas, aparadas.
Onde estiveram?
Em que extenso jardim caminharam,
para deixá-la assim tão exausta?...
Sandálias ao pé da cama,
chuta-as, levemente, na ilusão de a despertar.
Afasta a cortina da janela, quase em surdina.
Uma frincha deixa passar um pouco da luz
que lhe clareia a pele.
Seu desejo quer tocá-la.
Aí, desliza as mãos sobre ... ... ...
enquanto os lábios, também em anseio,
balbuciam cantigas de ninar na cavidade
entre as mamas,

sob a transparência da veste em que adormecem.
Rompe o silêncio um ligeiro sussurro,
um leve ruído.
Aturdido, ele detém a força do instinto
e decide respeitar o repouso e o cansaço
de sua presa.

Um pouco de arrependimento,
um pouco de gentileza.
Ergue o tronco e caminha até a porta.
Destranca-a para uma rápida olhadela no corredor.
Ninguém!...
Só escuta o cochichar de sua amada, que se fingia desacordada:
"V E M ! . . ."


 
*** Obrigada, Fernando***
Seu majestoso poema veio edificar esta página.
Volte sempre, abraços.
 
(Milla)