DESPEDIDA
Odir Milanez
 
 
Não nos resta mais nada a nos dizer.
O demais de nós dois seja mistério.
Se o feito foi desfeito, o que fazer
quando não coube a nós o desidério?
 
Nossos poucos espaços de prazer,
  nossos muitos momentos de impropério,
mostraram sermos seres do não ser,
do infinito nos dando outro critério.
 
Seja sem voz a vida já vivida;
e os versos que versamos sobre nós,
sejam do tempo página perdida.
 
Mas quando a um verso meu cederes vida
ou quando em versos teus ouvir-te a voz,
não nos demos, de novo, à despedida...
 
 
JPessoa/PB
03.01.2014
oklima
 
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Sou somente um escriba
que escuta a voz do vento
e versa versos de amor...



Prêmio condedido a este soneto pela
Academia Virtual Brasileira - Alma-Arte-Poesia
em 02 de agosto de 2014

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Para ouvir a música, acesse:

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oklima
Enviado por oklima em 03/01/2014
Reeditado em 03/08/2014
Código do texto: T4635386
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