LIBIDO
 
Infinito looping a escalar invertidamente o infesto do ápice.
O látego a açoitar a alma no profligar inerte repousa.
Frágua deságua em línguas escaldantes que na carne fustigam.
Visão inquina da soma dos despojos daquilo que não se viveu.
 
Torpor indecente reticente a vontade assola.
Prostrando o fisgo perfeito em essencial profanado.
Falange sem nodoas em perpétua tensão sem descanso.
Languidas resultam as opacas viscosas aninhadas sem covas.
 
Vesta impura na imagem adultera da ânsia apolínea.
Solísticos desejos insistem o valhacouto não procurar.
Dolente é a exausta contínua rotina sem ser espontânea.
 
Resplandece então na aurora o sossego em salvador limiar.
Advento em esplendor minha sapiens felina, esteô, remissão instantânea.
Violando-me aquém corpóreo e além etéreo na sintaxe da arte de amar.





LIBIDO - COLOQUIAL

Infinita repetição circular a escalar invertidamente o adverso do ápice.
O chicote a açoitar a alma estirada ao chão que inerte repousa.
Agonia deságua em línguas escaldantes que na carne castigam.

Visão corrompida da soma dos restos daquilo que não se viveu.
 
Embriaguez indecente reticente a vontade destrói.
Subjugando a ponta do arpão necessário em perfeição violada.
Legião de lanças sem mácula em perpétua tensão sem descanso.
Voluptuosos resultam os visgos sem brilho aninhados sem covas.
 
Imaculada deusa impura na imagem adultera da vontade do deus.
Solitários desejos insistem o seguro refúgio não procurar.
Dolorida e triste é a exausta contínua rotina sem ser espontânea.
 
Brilha então na aurora o sossego em limite salvador.
Chegada em esplendor minha gata mulher, gozo, perdão instantâneo.
Possuindo-me menos no corpo e mais na alma na construção da arte de amar.