ROMPIDO CORAÇÃO

Um dia há de chegar, eu não sei quando
Meu peito há de bater n’último impulso,
Sangrar meu coração, frágil e convulso,
As fibras se romperem me matando.

Não sei se dolorido, breve ou brando,
Como será rompido desse pulso
Esse laço venal, latente, avulso,
Já no espasmo mortal não mais sangrando.

Quando a morte não tarda se me avança
A querer dar-me um corte a fina lança
Não permite ao meu corpo a extrema-unção.

Meu corpo há de baixar à sepultura,
Minh’alma há de fazer a ruptura:
Do meu peito arrancar-me o coração.
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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 15/01/2014
Reeditado em 16/01/2014
Código do texto: T4651172
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