O mendigo

Noctâmbulo, nefasto e doentio

Homem rude a vagar no anonimato

Insatisfeito assim no mundo ingrato

O mendigo hediondo perde o brio

Neste mundo sinistro e tão esguio

O mendigo defende o seu recato

O seu ìntimo modesto e timorato

Esta fúria nefanda de um bravio

A procura do pão cotidiano

O mendigo se torna mais humano

Com o martírio da vil mendacidade

No rosto escaveirado do mendigo

Eu percebo o látego do castigo

Pelos toscos estigmas da maldade.

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 24/02/2014
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