Em tuas mechas viajo contemplativo
Na agonia passada em tuas ausências
E ainda assim não lembro do motivo
De tamanha dor, de inúmeras carências.

Somente agora no prazer altivo,
Na paixão que exala eloqüências
Vi que esta dor morava no cultivo
De ti Flor, maior de minhas querências.

Inda menino nascia em meu sonhar
Hercúlea na dor de uma alegria doída
Que me doía ao ver a Lua brilhar

Na ânsia de ser homem... Minha recaída.
Ó Flor, teu suave sono finda o viajar,
Do menino, que te amou por toda vida.