A viola

Muito jovem tornei-me cantador

Um artista do povo nordestino

Com talento invulgar de cantorino

Eu contemplava o rude agricultor

Do repente fui grande defensor

Decantando o nordeste fescenino

E como serviçal do meu destino

Eu consagrei-me eterno trovador

Hoje longe do palco da viola

Uma saudade terrível me evola

Quando eu lembro o cenário do repente

Deste tempo eu recordo a gratidão

O carinho fantástico e a paixão

Pela musa do verso transcendente

Poeta Agostinho
Enviado por Poeta Agostinho em 14/03/2014
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