SONETO À MORTE

Por mais pareçam, mortos não são iguais

Uns fazem falta, outros nos põem felizes

Piores são aqueles que não nos dão paz

Deixam a sua herança: eternas cicatrizes

Teimosos escondem-se nos armários

Pelos espelhos ficam persistentes

De sua casa sentem-se proprietários

Vagando sem descanso em nossas mentes

Não se conformam ser uma lembrança

Talvez sintam a dor da solidão

Ou de retornar alguma esperança

Seja lá como a missão foi cumprida

Terminada, cada um em seu caixão

Sem incomodar quem ainda tem vida

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 27/03/2014
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