DESPEDIDA.
Não sei, eu não compreendo mais a vida,
não sei também mais nada sobre o amor,
cadê a experiência desmedida?
Parece que ficou presa na dor.
Ficou naquela amarga despedida,
no verbo da mulher que eu tinha ardor,
minha fidelidade foi vencida,
pra ela eu fui fingido e um bom ator.
Não sei se eu vou fazer outros sonetos,
mas sei que eu nunca mais irei sonhar,
pois hoje está morrendo o amor secreto.
A dor de ver meu sonho se acabar
é tanta que eu só posso ficar quieto,
sofrendo, e com vergonha de chorar.