O CLAMOR DOS MEDÍOCRES

Bendita zona de conforto mimada por mim

Nem frio, nem quente, a um passo de ser vomitado

Estático no bosque da acomodação carmim

Sem ânimo pra buscar melhorias, upgrade enterrado

Preces de arlequim de humor ácido crisântemo

Ouço sussurros no vale da escuridão cortante

Já acostumado ao prelúdio de revés, não temo!

Zero de progresso, estagnado em nível orbitante

Sem fluir na vida, fiz meu castelo no lamaçal

Não consigo, não tento, não quero, não sonho

Evito as decepções, mas sem dor, ganho

Entrego-me aos desejos do clamor medíocre

Luta interna; o seu eu é desertor nesse combate!

Um réquiem é sua única evolução, xeque-mate!!!

Rosemberg Reis
Enviado por Rosemberg Reis em 02/04/2014
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T4754074
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