Último dos moicanos

Minh'alma ainda chora de vê-lo

Ali, no chão, tombado!

Cinquentenário e assim mortificado! Sinto

No peito, a motosserra! Oh, cruel desmantelo!

Foste o melhor convívio nesse lugar!

Mas, a uzura humana o matara

Oh, dor! É uma dor mortífera

Cá dentro. Não consigo nem respirar!

É o progresso que chega e que acaba com o homem

É avassalador e não tem limite

A gente só fica esperando além.

Oh, meu cajueiro, mil perdões por mim e por eles!

O meu bairro, hoje, está ainda mais feio e triste!

Tu nada eras, a não ser a pedra no sapato deles.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 20/04/2014
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