JANELA DA SAUDADE.

Desço degraus de sombras e desilusão,

Talhados em pedra fina de desespero,

Sabem as estrelas que sempre te espero,

Quanto sofre, em segredo meu coração.

Nesta noite de luar, estrelas de saudade,

Bate o coração, ansioso para te abraçar,

Na janela, apenas craveiros a perfumar,

A tua ausência, e o silêncio da cidade.

Nem ao menos uma rosa ficou a enfeitar,

O jardim que nosso amor viu florescer,

Nesta angústia é muito tarde para voltar,

Ao passado, para nossas juras desfazer.

Enquanto no céu houver estrelas e luar,

Ao jardim vou voltar, para na janela te ver.

LuVito.