A saudade ébria

A separação tinha escopo

Aproximar-se do copo

Inebriava a distância

Montou a sua militância

Afastava-se dos amores

Para afogar dissabores

Atrelava-se à garrafa

Afogava assim sua estafa

Vivia o longe cambaleante

Somou o vazio ao gargalo

Criou um adeus hesitante

Cantava boleros em falsete

Equilibrava–se no tamborete

Viciou a saudade no embalo

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 03/05/2014
Reeditado em 03/05/2014
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