SAUDADE
SAUDADE
Elizabeth Fonseca
Há uma saudade latente em meu peito.
É lírica, linda, não sei de onde vem
Me angustia, remói de tal jeito
Numa dor, abala min’alma também.
Uma harpa em polca paraguaia,
Traz um passado remanescente.
Qual araponga, seu cantar desmaia.,
Em saudade, lembrança tão ausente.
A harpa a ressoar pelo salão,
Na volúpia da dança, felicidade.
Nos passos em rodopios a embalar.
Esta saudade faz doer o coração.
A harpa traz lembranças sem idade
No pensamento, no sonho ... a machucar.