Escarlate
Em noite de breu solitário
A sua falta consome a razão
Funde-se a alma ao silêncio
A saudade que abrasa ilusão
A insônia apavora em delírio
Embaraça e replica o coração
Um suspiro mergulha no vazio
Rompendo estática solidão
Sozinho. À espera da luz obscura
Veste-me de escarlate. Emoção.
Erupção flui a deriva. Ternura.
O escuro vira sol: fogo e paixão
Na penumbra cativo a candura
Reflete a ausência na escuridão.
Ma Socorro