Medo

Nas horas em que a coragem se consome

No momento que impera o medo

E me vejo desistindo tão cedo

Permitindo o terror saciar sua fome

Rastejo na lama fétida da vergonha

Busco consolo nas águas da inveja

Mas a virtude em mim ainda peleja

Pois meu dolorido coração ainda sonha

O mundo é palco da grande tormenta

Nuvens atuam carregadas de mágoa e pesar

Chuvas de lágrimas na tempestade violenta

Eis que sinto novamente um chão a pisar

Uma doce ilusão a mente experimenta

A velha fé faz minha boca rezar

Filipe Magalhães
Enviado por Filipe Magalhães em 31/05/2014
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