Todos são iguais

Ninguém há de ficar como ornamentos

De obras de outro tempo, atemporais.

Não vamos perdurar, tal catedrais

A resistir dos anos, todo evento.

No fim nós vamos nos tornar memoriais

Que aos vermes servirá por alimento

Ninguém é especial, é igual o talento

Ninguém é menos que outros e nem mais

O homem tende a ser tão diferente

Nos meios sociais sobre brasões

Egocêntrico movido por ambições

Desdenha no convívio a toda gente

Irônico o homem pútrido nos caixões

É mais nobre q’ atrás de uma patente

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 02/06/2014
Reeditado em 19/06/2015
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