Todos são iguais
Ninguém há de ficar como ornamentos
De obras de outro tempo, atemporais.
Não vamos perdurar, tal catedrais
A resistir dos anos, todo evento.
No fim nós vamos nos tornar memoriais
Que aos vermes servirá por alimento
Ninguém é especial, é igual o talento
Ninguém é menos que outros e nem mais
O homem tende a ser tão diferente
Nos meios sociais sobre brasões
Egocêntrico movido por ambições
Desdenha no convívio a toda gente
Irônico o homem pútrido nos caixões
É mais nobre q’ atrás de uma patente