Recreio da Saciedade
Concede-me outra vez aquele olhar sem fim
Em que perdido fico ainda em louco ardor
Que sabe a noite enfim, fazer-se lenta em mim
Leitura aberta ao ser calor por fora ator
Por dentro espreita além, me deixa como vim
Ao mundo respirar, quão nua vens no amor
Que ao toque nem desdém, te arde a pele assim
Praiano galopar em tez de um sol reitor
Desejo aplaude em pé e inunda a excitação
Regressa do ideal, havido simplesmente
Do primoroso dia aberto a essa intenção
Um só a dois que a urgência anima e faz fremente
Necessidade audaz vinda em transpiração
Que à gestual frequência insurge entorpecente