DESPERTAR

Tu foste, entre tantos homens, sedentos,

Aquele capaz de tocar minha alma...

Aquele que soube encontrar o poço

E sorver, gota a gota, com calma.

Tu, entre tantos homens, foste

Quem liberou a água desta fonte

Que jorra ainda, agora incontrolável,

A percorrer o vale, desde o monte.

Em tua busca pela fonte do prazer,

Não tem volta o caminho que abriste

Descobrindo o mais profundo do meu ser.

Soubeste povoar uma alma deserta,

E, abrir-me para a vida, conseguiste...

Pois não volta ao abismo, a fonte descoberta.

Luz de Outono
Enviado por Luz de Outono em 13/05/2007
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