DESPERTAR
Tu foste, entre tantos homens, sedentos,
Aquele capaz de tocar minha alma...
Aquele que soube encontrar o poço
E sorver, gota a gota, com calma.
Tu, entre tantos homens, foste
Quem liberou a água desta fonte
Que jorra ainda, agora incontrolável,
A percorrer o vale, desde o monte.
Em tua busca pela fonte do prazer,
Não tem volta o caminho que abriste
Descobrindo o mais profundo do meu ser.
Soubeste povoar uma alma deserta,
E, abrir-me para a vida, conseguiste...
Pois não volta ao abismo, a fonte descoberta.