SEGREDO DA ESFINGE

Deixa-me abraçar-te ternamente, demoradamente,

Sei que não posso, não devo, não me é permitido

Abraçar-te como sonho, como desejo abraçar-te,

De modo desmedido, ou apenas apaixonadamente.

Deixa-me olhar-te bem de perto, demoradamente,

Em silêncio, sentar-me ao teu lado, sem palavras .

Apenas olhar-te assim de perto, sem amarras, sem

Marras, apenas olhar-te e olhar-te suavemente .

Aceito a realidade, de esconder-te este sentimento,

Tão nobre sentimento, mas que dito neste contexto,

Perde o doce e pode ser entendido como violento.

A circunstância exige que seja oculto, que eu o guarde

muito bem, que eu finja ,não deixe que vejam o vulto .

Que o guarde as sete chaves, como o segredo da esfinge.

Lindalva
Enviado por Lindalva em 24/06/2014
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