CABARÉ

Lá fora a luz do dia fere os olhos”
D’alma da Vida em noite não dormida
E cantam dois boêmios, na saída
Do cabaré, - O grêmio dos refolhos.

E do pecado o templo, a ferrolhos
Fechado ao “mau exemplo” desta vida,
Deu-se a curar a dor sua ferida
D’ amor pingando bálsamo de abrolhos.

E morta à luz do dia a fantasia,
A noturna ilusão fechou-se em porre
Quando a noite de tango se acabou.

Foram-se os dois amantes de poesia...
Ébrios da inspiração que nunca morre
No amor de Verlaine e de Rimbaud.
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Foto Google.  Cabaret Voltaire, em Zurique. 

 
LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 20/07/2014
Reeditado em 20/07/2014
Código do texto: T4889106
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